quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

CONHECIMENTO CIENTÍFICO I

Todas as pessoas conhecem certos fatos, mesmo sem ter estudado ciência. Esses conhecimentos são familiares ao senso comum. A diferença entre senso comum e conhecimento científico não tem sua origem nos fatos ou objetos que as pessoas estudam. As características que fixam a fronteira entre o conhecimento científico e o senso comum estão relacionadas com a maneira de conhecer ou de justificar o conhecimento. O traço que marca a diferença entre o cientista e o não cientista é o processo de obtenção, justificação e transmissão do conhecimento.

O primeiro passo da pesquisa científica é a observação. A observação dos fenômenos precisa ser registrada. O cientista deve selecionar os dados que pareçam relevantes para sua pesquisa. Mas a ciência não é simples procura de dados. O cientista visa formular leis e organizar leis em teorias.
Depois de um grande conjunto de observações, o cientista por indução, elabora uma conjectura, chamada hipótese. Uma hipótese aceita é a hipótese que, seja porque foi fortemente testada, seja porque está apoiada em outras informações, tem uma grande chance de ser verdadeira.

As hipóteses verdadeiras chamam-se leis científicas. As leis constituem o “coração” das teorias científicas. Elas servem para explicar por que acontecem certos fatos e para predizer fenômenos futuros.
As teorias podem ser consideradas como conjuntos de leis científicas. Tendo em conta que essas leis estão ordenadas e organizadas interiormente, diremos que as teorias são sistemas de leis.

A ciência se divide em ciências factuais (naturais e humanas) e ciências abstratas (matemática e lógica).
As chamadas “ciências abstratas” são diferentes das ciências factuais (naturais ou humanas), porque os objetos com os quais trabalham não são entidades do mundo real, que possamos perceber através dos sentidos. Elas não trabalham com fatos (é por isso que não são factuais). Trabalham com idéias. Quase todos os cientistas aceitam que a matemática é uma ciência. Porém ela não depende da experiência.

O cientista factual usa, como fonte de conhecimento, dados reais, eventos do mundo físico, biológico ou cultural. Essa necessidade de experiência é responsável pelo fato de as ciências naturais e humanas serem também chamadas “ciências empíricas”.
As ciências factuais, por sua vez, dividem-se em naturais e humanas. Nas ciências humanas, a condição especial do homem tem um destaque inexistente nas ciências naturais. As ciências naturais são a física, a química, a biologia, a geologia, a astronomia e algumas outras. Enquanto as ciências humanas seriam a história, a antropologia, a psicologia, a lingüística, a economia, a ciência política, e assim por diante.

Referência bibliográfica:
LUNGARZO, Carlos. O que é ciência. Brasiliense.
(CONTINUA)
Questão:
1 - Existem diversas formas de conhecimento: senso comum, religião, artes, filosofia, ciência etc. O que faz da ciência uma forma distinta de conhecimento?

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